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Estudo descobre que gagueira é um tipo não descrito de afasia não-fluente


Pesquisadores do CHLA (Children’s Hospital Los Angeles) demonstraram de forma categórica que um distúrbio de fala muito comum e prevalente, a gagueira persistente do neurodesenvolvimento (GPND), tem relação direta com um fluxo de sangue menor do que o normal em duas regiões chave para a fluência da fala no cérebro: a área de Broca (no giro frontal inferior esquerdo) e o fascículo oblíquo frontal (feixe que liga a área de Broca à área motora suplementar, no giro frontal superior).

Os investigadores foram além e provaram também que é possível prognosticar de forma acurada a gravidade da GPND apenas por meio da medição do nível de perfusão no loop anterior de linguagem (do qual faz parte a área de Broca), mesmo com o paciente em total repouso e silêncio. Os dados foram conclusivos ao estabelecer essa correlação, demonstrando que quanto menor o nível de perfusão na rede anterior de linguagem do cérebro, maior será a dificuldade do paciente em produzir fala fluente.

Do ponto de vista científico, essa é uma descoberta tão importante que praticamente redefine a GPND, conferindo-lhe inclusive nova classificação e terminologia, pois uma associação tão evidente com um déficit de perfusão sanguínea na área de Broca transforma a GPND no primeiro exemplar de um tipo completamente novo de afasia não-fluente: a afasia de perfusão.

Para mais informações, visite: Reduced perfusion in Broca’s area in developmental stuttering

Fonte: Neurociência da Fluência