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Abra Gagueira participa pela primeira vez do Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia com trabalho aprovado


A Abra Gagueira teve um momento histórico ao participar, pela primeira vez, do Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia com um trabalho científico aprovado. Realizado na última semana, no Transamerica Expo Center, em São Paulo em São Paulo, o evento reuniu profissionais, estudantes e entidades dedicadas aos distúrbios da comunicação.

O estudo apresentado, desenvolvido pelo Comitê Científico da Abra, tem como tema “Caracterização do Funcionamento dos Grupos de Apoio às Pessoas que Gaguejam”. A pesquisa descreve a estrutura dos grupos, sua periodicidade, temas abordados e o perfil dos participantes, oferecendo um panorama inédito da atuação da associação em todo o país.

Segundo a fonoaudióloga Dra. Lívia Amstalden, conselheira fiscal, integrante do Comitê Científico da Abra e uma das responsáveis pelo estudo, a iniciativa representa um avanço importante:

“Queríamos entender o quanto esses grupos são importantes e como sua estrutura contribui para atingir seus objetivos. Há 20 anos, a Abra Gagueira oferece espaços de acolhimento, trocas e fortalecimento da autoestima, e agora conseguimos levar essa experiência para a comunidade científica”, disse.

O levantamento identificou 26 grupos de apoio distribuídos pelo Brasil, conduzidos por fonoaudiólogos e pessoas que gaguejam capacitados pela própria associação. Os resultados reforçam a regularidade e o alcance desses encontros.

Para o presidente da Abra Gagueira, Luiz Fernando Ferreira, a participação no congresso fortalece o diálogo com profissionais da área.

“Foi muito positivo compartilhar experiências, apresentar a associação e aproximar instituições. A aceitação do trabalho e a apresentação do nosso banner reforçam o compromisso da Abra com a produção científica e com a ampliação de parcerias”, ressaltou

A Abra Gagueira participou de roda de conversa ao lado da Associação Brasileira de Apraxia de Fala na Infância (ABRAPRAXIA), presidida por Fabiana Collavini Cunha, internacionalista de formação e uma das principais referências no país na luta pela conscientização sobre a apraxia infantil.

“A Fabiana Cunha faz um excelente trabalho há muito tempo, e as duas instituições irão sentar para conversar, trocar experiências e pensar em ações conjuntas”, completou Luiz Fernando.

Mesa redonda sobre gagueira

A Abra participou também de uma mesa redonda sobre “Gagueira e comorbidades: como atuar?” no evento. A moderadora foi Sallete Cristina Silva, com Anelise Junqueira Bohnen, do Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), e Mariana Santiago como palestrantes.